A IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS

Por Gláucio Santos

Muitas pessoas não sabem, mas as florestas assumem um papel muito valioso no planeta. Além de possuírem uma biodiversidade bem ampla, contribuem para o equilíbrio do meio ambiente que é fundamental para a manutenção dos valores naturais e para a melhoria da qualidade de vida da população.

As árvores funcionam como esponjas que abastecem as reservas subterrâneas. A carga de água dos rios está relacionada à existência de florestas e aquela pode ficar comprometida se continuarmos no processo de devastação das áreas verdes do planeta. Suas raízes ajudam a evitar a erosão do solo. Suas folhas que cobrem o solo também ajudam a evitar a erosão e ainda permitem que a água das chuvas possa lentamente entrar no solo e ali permanecer por mais tempo, ao passo que a ausência de vegetação favorece o processo chamado de lixiviação.

As florestas representam 30% da superfície terrestre. São conhecidas como os “pulmões do mundo” ou “sumidouros de carbono”, pois realizam a fotossíntese que precisamos para sobreviver (produção do oxigênio a partir do dióxido de carbono).

A fotossíntese que ocorre nas plantas é responsável pela retenção de carbono atmosférico no material vegetal e, eventualmente, na matéria orgânica no solo. Logo, os ecossistemas com grande biomassa e com o solo pouco perturbado, como as florestas, retêm o carbono, sob a forma de dióxido de carbono (CO2) numa escala temporal muito maior, na ordem de décadas e séculos.

Para absorver o carbono (CO2) que emitimos na atmosfera (um dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa), seria necessário plantar uma média de 1000 árvores por pessoa anualmente, e se as novas florestas fossem cortadas e queimadas pelo homem ou por fogos florestais, o CO2 removido seria emitido para a atmosfera, acelerando o aquecimento global do planeta.

Em síntese, a quantidade de Gases de Efeito Estufa (GEE) de um país é contabilizada através da soma dos poluentes (GEE) provenientes das chaminés das indústrias, dos escapes dos automóveis, das lixeiras e dos campos agrícolas, menos o total dos gases absorvidos pela vegetação, com ênfase nas florestas.

Este raciocínio tem levado muitos países a desenvolverem ações sob três linhas estratégicas simultâneas:

Evitar os incêndios florestais, através da limpeza dos terrenos, proibição de fogueiras, mais cuidado com as queimadas com fins agrícolas, que nunca devem ser feitas de manhã, campanhas publicitárias que alertam para o risco de incêndio, mais guardas florestais em vigilância pelas florestas, mais e melhores meios de combate aos incêndios;

Reflorestamento, com plantação de novas árvores depois do corte das velhas e tratar as árvores contra seres vivos prejudiciais (doenças e pragas);

Fazer uma exploração racional das florestas.

Além da importância como produtor de oxigênio, as florestas também possuem papel econômico, social e ecológico.  Fornecem madeiras, combustíveis, alimentos e matérias-primas (ex. resina, celulose, cortiça, frutos, bagas). Protegem o solo contra erosão, controla o ciclo e a qualidade da água. Elas também concentram a maior parte da biodiversidade terrestre (vegetais e animais) além de alimentar a cidade com o verde (paisagismo) e servem de espaço recreativo.

O desenvolvimento de uma floresta possui um processo muito lento. É preciso muito tempo para que se estabeleçam os equilíbrios fundamentais entre as diferentes espécies e o meio físico envolvente.

Estima-se que uma floresta demore dezena e mesmo centena de anos para se formar. Mesmo sabendo desta fragilidade, a ação do homem se torna a grande vilã com sua degradação e destruição, convertendo terrenos em áreas para a agricultura, provocam incêndios florestais criminosos, extraem ilegalmente e descontroladamente a madeira, fragmentam o solo por estradas, poluem a atmosfera e alteram climaticamente o planeta.

Destruir uma floresta é destruir o ecossistema e sua biodiversidade. É preciso atuação intensa do poder publico pata criar reflexões e tornar o cidadão mais consciente.

Seja mais consciente!